APAC feminina de Pouso Alegre/MG

05/07/2012

Fachada da APAC feminina de Pouso Alegre/MG.

Em parceria com a antiga Secretária de Estado de Defesa Social – SEDES de Minas Gerais, no dia 14 de novembro de 2011 iniciou-se na cidade de Pouso Alegre o projeto denominado “Projeto Curar”, que acolhia mulheres condenadas oriundas do sistema prisional comum.

No ano de 2017, o projeto transformou-se na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados – APAC feminina de Pouso Alegre, porém com uma extensão da APAC masculina de Pouso Alegre.

Em 2019, orientados pelo religioso, Padre Mário Borghi, um grupo de voluntários e outros religiosos, iniciaram reuniões para organizar um chamamento público e constituir a pessoa jurídica da associação.

Foi constituído uma Diretoria Transitória composta pela Presidente, Elane Matilde Silva Massafera, a Vice-Presidente, Edina Regina Sales Sassaki e a Secretária Maria Aparecida Rodrigues Bispo, as quais foram encarregadas de realizar as eleições, registrar as chapas, aprovar Estatuto, e constituir a APAC-Feminina pessoa jurídica.

Foram registradas duas chapas que concorreriam a presidência da APAC e no dia da assembleia contou-se com a presença do Promotor Público, Dr. Agnaldo Lucas Cotrim, o Juiz de Direito, Dr. Sergio Franco de Oliveira Júnior, o Presidente da APAC-Masculina, Sr. José Maurício, Padre Mário Borghi, todos da diretoria transitória e muitas autoridades políticas, tanto do executivo, quanto do legislativo.

No momento em que se iniciou a primeira chamada da Assembleia, já havia no mínimo quatrocentas pessoas. Com o passar do tempo chegaram ônibus, vans, carros, todos lotados. Uma vez que foi detectado o interesse de partidos políticos, a assembleia foi cancelada e remarcada.

No dia 7 de agosto de 2019, foi realizada, uma reunião, na sede da promotoria, com a presença do Promotor Público Dr. Agnaldo, onde ficou decidido que as chapas se unificariam e formariam uma chapa única.

Assim, no dia 21 de agosto de 2019, foi aprovado o Estatuto da APAC-Feminina de Pouso Alegre e formada sua primeira diretoria executiva, sendo constituída pela Elane Matilde Silva Massafera, Presidente, Lucinei Campanholo, Vice-presidente, Aeli dos Santos Oliveira, 1° Secretária, Gilson Assis Garcia, 2° Secretário, Gisele Leopoldina de Rezende, 1° Tesoureiro, Cleiton da Costa Martins, 2° Tesoureiro, Maria Inês Brandão Lopes de Freitas, Diretor de Patrimônio e Benedito Rodrigues de Godoi Sobrinho, Assessor Jurídico.

Conselho Deliberativo constituído por Flavia Regina Coutinho do Amaral Garcia, Veridiana Alves, Ilda Francescato Stephan, Jean Willians Correa, Rosilene Marchetti da Rosa, Maria Aparecida Rodrigues Bispo e Edina Regina de Sales Sassaki. Suplentes são Marisa Dias da Silva Costa, Dorothea de Castro Rosa, Claudia Mara Delfino de Souza, Lélia Vicente Moraes e Mariene Moraes Solomão. O Conselho Fiscal sendo composto por Perpetua Pedroti, Dilnea Ladislau Herculano e Maria Inês Megali. Suplentes são Fabiana Martins Almada, Enilde Martins e Rita de Cassia Constamtini Rodrigues.

Em seguida, com a colaboração da Câmara municipal e seus vereadores e também, do Promotor Dr. Aguinaldo Lucas Cotrin, a APAC foi declarada de Utilidade Pública Municipal.

A APAC feminina de Pouso Alegre conta hoje com 40 recuperandas distribuídas nos regimes fechado e semiaberto, porém, por ela já passaram mais de 134 recuperandas ao longo de sua existência. Está situada em um prédio alugado e adaptado, porém já se tem um módulo rural, o qual foi doado pela APAC masculina de Pouso Alegre/MG, onde será construída sua sede própria. 

Além disso, a associação possui oficina de costura, tendo como colaboradores o SENAI e Instituto Federal, além de possuírem uma parceria com a Escola Vinicius Meia, por meio do Estado.  Através disso, as recuperandas começaram um projeto, sob orientação da professora Letícia Rodrigues, que consiste em uma linha de bonecas de pano inclusiva. Teve iniciação em julho de 2018 e já vendeu mais de 50 bonecas.

A professora Letícia conta:

As meninas disseram como não se veem representadas na boneca Barbie. Aí surgiu a ideia de criar uma que representasse melhor a menina brasileira. E que menina? Toda menina, a branca, a ruiva, a que usa óculos, a que é cadeirante, a que é negra e os diversos cabelos que a negra tem, a gordinha.

Recuperandas da APAC Pouso Alegre/MG.

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