Grande parcela da população prisional não possui meios de arcar com a contratação de advogados particulares, especialmente durante a execução da pena, restando à Defensoria Pública a tarefa de cuidar desses casos. Embora a competência dos defensores públicos é indubitável, pois aprovados em rigorosos exames públicos, sabe-se que o excesso de trabalho é rotina na instituição, carecendo, portanto, da atenção individualizada que o profissional autônomo com bem menos clientes pode ofertar.
Nesse sentido, sentimentos como depressão, ansiedade, agressividade e desesperança são comuns a essas pessoas que se sentem, muitas vezes, abandonadas por todos, e neste caso específico, pelos atores do sistema judicial.
Desta forma, a assistência jurídica, restringida à etapa de execução penal e tão somente aos que possuem mérito, é elemento-chave no desenvolvimento dos demais, pois a partir do momento em que o recuperando é assistido juridicamente e passa a compreender os futuros desdobramentos e benefícios, a pessoa consegue se desligar dessas preocupações e adentrar efetivamente em um processo de recuperação.